domingo, 2 de agosto de 2009

beija sapo!


Se o menino dos seus sonhos às vezes faz você querer enfiar um saco de pão na cabeça, está na hora de rever seus conceitos. Será que não está sendo meio preconceituosa?

Ele tem tudo pra ser um namorado nota 10, não fosse uma coisa, uma coisinha no garoto que faz você querer se esconder. E a dúvida que não pára de martelar é: fico com ele mesmo correndo o risco de passar alguns episódios constrangedores na frente dos amigos ou largo o garoto de vez, perdendo a chance de ter ao meu lado alguém especial na maior parte do tempo? A gente é a favor da primeira alternativa. Não acreditamos em pessoas perfeitas, que não cometam alguma gafe. Mas se esse impasse está atormentando você, confira algumas dicas para sobreviver às situações em que o garoto a deixa meio sem-graça. Quem sabe, lidando com esses acontecimentos de um jeito diferente, o romance não engrena?

SEM RITMO
O menino já estava no seu nível 5de interesse e era hora de levá-lo pra balada com seus amigos. Mas foi só ele ouvir o "solta o som deeee-jaaay!", que uma catástrofe começou! O ex-tudo de bom parecia um mocoronga dançando. O garoto desconhecia o que a gente chama de ritmo e balanço. Era um tal de esticar pernas pra cá, braços pra lá e ainda mover a cabeça pra frente e pra trás, sem parar. Nada fazia sentido com nada. Só que o probrecito, crente que havia encarnado o Justin Timberlake, acabou pagando um micasso com com performance. Isso, é óbvio, atraiu os olhares dos seus amigos, causando aquele "eu rio por dentro ou por fora?" em todo mundo.
Encare a galera: o cara parecia perfeito? Então, aí vai um aviso, só pra começo de conversa: meninos perfeitos não existem! Pode ter sido azar presenciar esse mico na frente de todo mundo, mas cabe a você lidar com isso. Pense bem: vale a pena sair correndo e nunca mais ver o gatinho só porque ele faz você passar vergonha quando balança o esqueleto? Não! A saída é chamá-lo num canto para curtir um love e conversarem sobre outras coisas. No mais, evite baladas-disco com ele. Pronto!

SEM LIMITE
"Folgado" poderia ser o nome de batismo daquele amigo pelo qual você se apaixonou. Por isso mesmo, a vergonha fala mais alto a cada vez que ele vai à sua casa: o ogrinho coloca os pés na mesa de centro, abre a geladeira e ainda reclama se não tem bolo de chocolate. Brincando, é claro. Quem mandou você dizer: "Sinta-se em casa!"? Agora aguenta! Na escola, ele também tem o mesmo comportamento. O boa-vida, apesar de lindo, legal e divertido, está acostumado a colar na prova, estraga os livros que pega emprestado e sempre pede para colocarem o nome dele no trabalho de história sem ter feito nadinha. Mas como a gente não manda no coração, blablablá..., é desse aí que você gosta e ponto final.
Encare a galera: é, todo mundo comenta que o cara tem folga de sobra pra sete encarnações. Mas você pode dar uns toques sutis pra ver se ele se liga. Comece pedindo para o garoto tirar o pé da mesinha de centro e ofereça comidinhas em vez de deixá-lo solto na sua casa, com geladeira por perto. Converse muito sobre "não abusar da boa vontade alheia" e avise que a turma já está meio cansada. E não esqueça de dizer que é só "um toque de amiga". Se nada disso der certo, não dê bola para o quê a turma diz e aceite-o como ele é. Fazer o quê?

SEM PHOTOSHOP
Digamos que, antes de nascer, ele não perdeu muito tempo na fila da beleza. Quis logo vir ao mundo e ficaram faltando alguns detalhes tão pequenos como ter um rosto harmonioso, um corpo proporcional, um cabelo possível de ajeitar, essas coisas. Você até se pergunta se ele seria bonito do avesso (ai, que maldade!). Por outro lado, o feinho tem qualidades incríveis: é bem-humorado, companheiro, amoroso, sensível e inteligente (do tipo que detesta filmes de ação cheios de efeitos especiais), coisas que faltam praquele gostosão -metido e burro- do terceiro ano. Depois de quebrar a barreira do "quero um modelo de revista ao meu lado", você passa a conviver com o garoto e tem um momento bacana atrás do outro! Ele parecia tímido no começo, mas logo mostrou que sabia ouvir o que você diz, além de contar piadas ótimas. Manja muito de matemática, biologia, física e... literatura!

Encare a galera: se você se encantou por esse rascunho mal-feito de Brad Pitty - ou Johnny Depp ou o bonitão de sua preferência -, mas ainda encana sobre o que a turma vai dizer, a saída é colocá-lo na roda o quanto antes. Isso mesmo: o segredo é permitir que a galera possa conhecê-lo melhor. Assim como você, todo mundo verá o sapo virando príncipe em pouco tempo de convivência. Basta dar essa chance pra ele - e pra você também!

SEM IDENTIDADE
Seu novo namorado é encantador, mas se chama Jocleysvanilsson, sem nenhum nome depois, tipo "Roberto" ou "Luiz", pra amenizar. Piada pronta. Como é que você vai apresentar um cidadão tudo de ótimo com um palavrão desses como nome? E nem adianta apelar para um apelidinho fofo, como Jojô, Nilson, Van, Cley ou qualquer outra coisa fácil. Uma hora, as pessoas vão querer saber o nome verdadeiro dele. Também nem pense em falar: "Oi, gente, esse é o Renato!". O menino não vai entender nada! Nome estranho gera piada mesmo. Mas pense bem: se as pessoas colocam apelidos até em quem tem nome comum, por que não colocariam em alguém com um tão diferente? O coitado não tem culpa da piração dos pais, que resolveram homenagear os bisavós, tataravós e os ídolos do cinema. Tudo ao mesmo tempo!
Encare a galera: a melhor saída para esse caso é aprender a levar na boa as gracinhas que certamente vão pintar. Afinal, se o garoto é gente fina, do tipo que vale a pena investir, por que você vai deixar a certidão de nascimento dele atrapalhar? Entre vocês, chame-o por um apelido carinhoso e evite fazer comentários maldosos. Pense no que o cara já ouviu durante a vida toda. Ele não precisa de mais uma pessoa pra tirar sarro, OK? Quanto à galera, se eles encherem muito, lembre-se: não é todo mundo que tem um namorado bacana. Se suas amigas tivessem um Jojô como ele, a vida delas seria muito melhor, como é a sua.

SEM CURTURA
"Pobrema" é a coisa mais certa que ele fala. Não tem jeito, seu gatinho é sensível, bacana e tudo mais, mas assassina a língua portuguesa com uma crueldade única. Quando o leva para as festa de família, por exemplo, você fica falando o tempo todo, só para não dar a chance de o menino abrir a boca. E quando escreve, então? Ele está a dois passos do gato com "j" e da casa com "z". Quando dá opnião sobre qualquer assunto, também não é do tipo que enche a namorada de orgulho. Acredita que a África é um país, a capital do Brasil, São Paulo e ainda jura de pés juntos que Osama Bin Laden é uma marca de macarrão instantâneo. Tudo bem, você não se apaixonou pelo cérebro dele, há outras coisas interessantes. Mas essa "inguinorança" realmente pode fazê-la desejar um buraco bem fundo pra se esconder de vez em quando.
Encare a galera: é de doer, a gente sabe bem. Mas em vez de ficar corrigindo as pérolas do fofo, dê dicas. Empreste alguns livros, chame-o pra estudar junto com você. Mostre que há vida inteligente, mas sem tirar sarro dele, lógico. Se, por um acaso, falar alguma besteira na frente dos seus amigos, não o ridicularize, apenas mostre outro ponto de vista, numa boa, de forma natural. Se você fizer piada, a besteira dele vai ficar muito mais evidente. E não é isso o que você quer, certo?

SEM GRAÇA
O cara é do tipo que conta várias piadinhas fora de hora. E todas sem graça nenhuma, do tipo: "Vou contar uma piada suja e pesada: o elefante caiu na lama!". Dããããr! Ele também solta pum no meio da sala de aula, achando a atitude mais divertida do planeta. Por estar apaixonada, você até ri desse tipo de coisa. "Afinal, todo mundo tem alguma coisa boa, não pode ser 100% ridículo, né?", você escreve em seu diário. E tem toda razão!
Encare a galera: prepare-se porque certamente vão lhe perguntar o que, exatamente, você viu nesse ser irritantemente feliz. Mas antes de dar qualquer explicação, liste para si mesma as qualidades do moço. E conte-as para os outros. Ah, contar piadas idiotas pode ser um charme, vá. Acredite nisso e não vai mais querer sair correndo e gritando desse tipinho único.

SEM ESPAÇO
Começo de namoro é aquela maravilha. A gente quer ficar grudadinho o tempo todo, tipo chiclete em sola de tênis. Mas tem gente que exagera, ultrapassa os limites e dá um novo significado à palavra "grudento". Em pleno shopping, ele quer andar abraçadinho. Na escola, não solta sua mão. Na frente da família, insiste em trocar beijinhos. Ahhhhhh! Ele é legal, ama você tudo mais, porém chega uma hora em que essa melação se torna constrangedora. Nem seus amigos aguentam ficar perto!
Encare a galera: dê razão à sua turma pelo menos uma vez. E admita que ele realmente é grudento. Mas não precisa dar um pé no cara só porque ele acredita ser seu irmão siamês, nem mandá-lo pra bem longe quando ele chegar mais perto (sim, ele sempre consegue isso). Antes, lembre-se: diálogo é tudo! Converse na boa, dizendo o quanto você precisa de espaço para respirar. Se não acha legal ficar beijando na frente da sua família - e isso não é divertido mesmo, diga-se de passagem - deixe bem claro. Às vezes, a gente tem medo de magoar o outro e não fala o que tem de ser dito. E a história acaba mal em 100% dos casos. Depois de um bom papo, deixe rolar. Com o tempo, esse grude todo tende a diminuir e a coisa fica mais light e gostosa. Pode apostar!

E se nada disso der certo?
Antes de se desesperar, pense o seguinte: a vergonha está dentro de você. O preconceito é seu. Será que não é hora de encarar o que é diferente e tentar descobrir tudo de bom que essa diferença pode lhe trazer? Um menino que não é tão lindo pode fazer você se sentir a pessoa mais feliz do mundo, já pensou nisso? Pode não dançar muito bem, mas ter um ombro ótimo, para consolar você nos momento mais difíceis da vida. Pode ser meio grudento, mas ter muito carinho e amor pra dar, mais do que qualquer outro garoto. Lembre-se de que o ser humano não é somente a casca, a maneira como se porta, dança ou fala perante os outros. As pessoas são muito mais do que isso! Têm histórias de vida pra contar bons sentimento para compartilhar. Cabe a gente enxergar além do superficial. "O essencial é invisível aos olhos", já dizia o escritor Antoine de Saint-Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe . Tá vendo só?

Fonte: Revista Atrevida

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